terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Médico mossoroense prestará serviço voluntário no Haiti

"Sinto uma mistura de medo com orgulho ao ver meu filho partir para uma missão como essa", declara a empresária Leilane Dias da Escóssia, mãe do médico mossoroense José Newton da Escóssia, que irá participar de uma missão humanitária no Haiti. Na próxima sexta-feira, 29, o profissional sairá de Fortaleza (CE), cidade onde mora há um ano, rumo ao país destruído pelos terremotos.

José Newton da Escóssia irá compor uma equipe de 50 a 100 profissionais voluntários do Ceará, cujo grupo foi designado pelo Ministério da Saúde (MS) para ajudar às vítimas da catástrofe do Haiti. Os profissionais deverão permanecer no país em torno de 15 a 30 dias.

O médico informa que durante sua permanência no país, irá trabalhar como emergencista, na área oftalmológica, sua especialidade. Cursando o segundo ano de residência médica, José Newton da Escóssia se prepara para desenvolver pela primeira vez um trabalho desse porte.

"Acredito que vou ter muito trabalho, muita coisa para fazer. Estou ciente de todas as dificuldades que terei que enfrentar lá. Mas tenho certeza que a experiência será muito produtiva", avalia José Newton.

Segundo ele, mais que vivenciar a experiência de um trabalho humanitário, o que o motivou a se inscrever como voluntário na missão do Haiti, foi a vontade de ajudar ao próximo. "Eu acho que se você pode fazer alguma coisa para ajudar ao próximo, que o faça. Enquanto eu estiver lá, se eu conseguir evitar que ao menos uma pessoa fique cega, para mim minha missão estará cumprida", destaca.

O mossoroense José Newton é filho dos empresários Leilane Dias da Escóssia e Ricardo Augusto da Escóssia. Na próxima sexta-feira, o casal deverá ir a Fortaleza se despedir do filho. Para ele, a experiência que o filho terá no país será indescritível.

"Apesar de termos um pouco de receio, sabemos que o trabalho que ele irá desenvolver no Haiti é imensurável. Além de ser uma experiência profissional muito boa. Estamos muito orgulhosos em ver nosso filho participar dessa missão humanitária", ressalta Leilane Dias.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), um dos maiores obstáculos que os médicos voluntários irão enfrentar no país é a falta de estrutura. Os profissionais terão de fazer o atendimento ao ar livre, em situações muito precárias, isso porque o Haiti neste momento já perdeu pelo menos oito hospitais.

Segundo a ONU, o terremoto do último dia 12, deixou quase 200 mil feridos e, nas contas do governo haitiano, mais de 150 mil pessoas morreram e ainda é um número que pode subir. Mesmo com toda a ajuda humanitária, a situação ainda é precária, falta atendimento médico, a distribuição de água e comida é desorganizada e os desabrigados não têm assistência adequada.

Fonte: O Mossoroense

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