segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Chegou o dia da despedida de Ronaldo Fenômeno

Ronaldo deixa o Estádio do Pacaembu após derrota do Corinthians para o Flamengo, em partida válida pela Taça Libertadores da América.


Chegou o dia. Ronaldo “Fenômeno” Nazário de Lima, 34, que começou a assombrar e chamar a atenção do mundo jogando pelo Cruzeiro, em 1993, vai anunciar hoje sua aposentadoria dos campos de futebol.

Esse menino, que chegou a deixar de treinar no Flamengo por que não tinha dinheiro para a passagem da barca, conseguiu em sua carreira gloriosa tudo que um grande profissional sempre almeja: fama, dinheiro, respeito e reconhecimento.

Ronaldo começou a encantar o mundo nos subúrbios do Rio de Janeiro, vestindo a camisa do São Cristóvam. Depois se transferindo para o Cruzeiro de Belo Horizonte e para o mundo até hoje, o triste dia do encerramento de sua carreira de 18 anos de glórias.

Essa despedida ele já fez aos companheiros de clube. Por volta das 10h40, o maior artilheiro da história das Copas do Mundo caminhou a passos lentos em direção ao centro do CT Joaquim Grava, onde os demais jogadores treinavam. Todos sentaram no banco de reservas, e o Fenômeno falou durante alguns minutos.

Após o final seu discurso, todos os seus colegas visivelmente emocionados o aplaudiram. Depois, um por um levantou para abraçá-lo. Tite e os demais membros da comissão técnica também cumprimentaram o veterano de 34 anos.

A cúpula diretiva do clube, capitaneada pelo presidente Andrés Sanchez acompanharam Ronaldo de perto. Depois, o grupo se dirigiu para a parte fechada do CT, onde provavelmente discutirão a rescisão do contrato do craque.

As lesões contínuas, a luta perdida para a balança, a eliminação da Libertadores, as ameaças de pseudos torcedores e a necessidade de ficar à frente de sua empresa de marketing esportivo, são apontados como principais motivos para a decisão do craque.

Comprovando a fama do craque três vezes melhor do mundo - 1996, 1997 e 2002 -, Ronaldo é destaque em todos os canais de tevê do mundo. Na sua chegada ao CT do Corinthians, mostrando as injustiças que sempre marcam o futebol, poucas faixas de apoio ao craque que chegou para ser o grande nome do clube.

O futebol brasileiro encerrar um ciclo. Dificimente vamos produzir craques ao nível de Ronaldo, que faz parte de uma seletíssimo grupo formado por astros imortais como Zizinho, Quarentinha, Ademir Menezes, Reinaldo, Careca, Romário e outros muitos poucos.

O futebol brasileiro fica mais pobre, evidentemente. Está órfão do nosso maior artilheiro em Copas do Mundo, o homem que superou até o Rei Pelé.

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