Por: CAIO CÉSAR MUNIZ
O guerreiro partiu.
Não suportou os olhares dos maldosos,
o discurso dos covardes,
a maldade dos hipócritas,
e se foi.
Levou consigo muitos sonhos
– os seus e os do seu povo.
Uma multidão inteira
que nele acreditou...
E essa gente se reuniu
numa tarde que chorava,
sob um céu cinzento, de luto e de lamento,
para despedir-se daquele menino gigante...
Todos calados, num silêncio incompreensível,
Reverenciaram a sua grandeza.
Trazia no sangue a força dos bravos,
mas fora surpreendido pela traça má
que corrói o coração humano (desumano).
Nas ruas, ainda se vê seu sorriso maroto,
ainda se vê os seus gestos saudando a cidade,
e, nos ouvidos de muita gente,
a sua voz rouca, forte, de comandante,
ainda não se calou...
E para alguns ela nunca calará.
O guerreiro partiu.
O povo se curvou diante de si...
Não estava abatido, dormia apenas
E, de longe, velava sua gente.
E ele, de mãos dadas com seu povo...
Foi embora.
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