quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Quanto mais trabalha certo, mais a ministra Eliana Calmon tem problemas — mas reage à altura: associações de juízes que a atacam são “mentirosas” e “corporativas”

A ministra Eliana Calmon contra-ataca: associações de magistrados são "mentirosas", "maledicentes" e "corporativos" (Foto: VEJA)
Parece — parece não, é fato — que quanto mais exerce suas funções de investigar suspeitas de irregularidades de outros magistrados, que são sua obrigação como corregedora do Conselho Nacional de Justiça, mais a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, é atacada.


Leiam esta nota de agora há pouco no Radar Online:

O caldo engrossa

Até o final da tarde, as três associações de juízes – trabalhista, federal e estadual – vão entrar com pedidos de investigação na Procuradoria-Geral da República e no Conselho Nacional de Justiça para apurar o que consideram quebra de sigilo de dados que teria sido feito pela Corregedoria do CNJ, comandado por Eliana Calmon.

A ministra, que felizmente não tem papas na língua e é uma exceção no Judiciário pelo lado do bem, reagiu à altura.

Respondeu que as associações representativas de juízes são “mentirosas”, “maledicentes”, “corporativas” e estão focadas numa “tentativa de linchamento moral” contra ela.

A ministra negou dados divulgados pelas associações segundo as quais ela estaria investigando o inerossímil total de 231 mil magistrados, funcionários de tribunais e seus parentes.

Eliana Calmon assegurou que é de 500 o número de juízes sob investigação — o que, por sua vez, dá uma boa ideia do duro trabalho que realiza a ministra, e da extensão dos problemas que têm o Judiciário e seus setores corporativos.

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