O jornal O Globo, edição desta segunda-feira (14), destaca uma matéria com o Corregedor do Presídio Federal de Mossoró, Juiz Federal Mário Azevedo Jambo. Com o título “Vulnerabilidade de penitenciárias federais do país dificulta ações de transferência de presos” a reportagem aborda que as quatro penitenciárias federais do país não conseguem manter o título de estabelecimentos de segurança máxima. Na entrevista, o juiz Mário Jambo reafirmou o posicionamento contra a presença de Beira-Mar no estado e que não levaria em consideração pedido pessoal do ministro da Justiça.
A matéria cita o Presídio Federal de Mossoró como “o principal exemplo de risco presente nessas unidades", onde justamente se encontra um dos presos de mais alta periculosidade no país, o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar. "Mossoró está sob risco de interdição, por problemas apontados em relatório do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), vinculado ao Ministério da Justiça, como rachaduras e uso de material de baixa qualidade na obra”.
“Pobre do Brasil, que precisa de um procedimento desses, de considerar caso de segurança nacional a transferência de um criminoso que está preso há dez anos no sistema federal. Isso não ajuda em nada. É transformá-lo numa grife. O sistema penitenciário nacional é que tem que ser essa grife. O que pode parecer uma intransigência minha é uma luta pelo sistema”, disse o Mário Jambo, na entrevista.
A matéria de O Globo revela ainda que o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo telefonou para o juiz Mário Jambo há duas semanas. No diálogo, de cinco minutos, o ministro, que afirmou tratar-se de uma conversa informal, tentou convencer o juiz a manter Beira-Mar lá. Não convenceu.
“Questões que envolvem segurança máxima não podem ser resolvidas de forma política, mas de maneira técnica”, disse o Corregedor da Penitenciária Federal a O Globo.
assessoria de comunicação da Justiça Federal.
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